Menino de 7 anos comove a web após tentar vender aviões de papel para comprar um celular
Marcella Ferreira da Silva, mãe de Arthur, encontrou o
garoto triste, sentado em uma praça, comprou todos os aviões e levou o menino
para casa, em Cubatão (SP).
Uma criança de 7 anos comoveu internautas após tentar vender
aviões de papel em uma praça de Cubatão (SP), com o objetivo de comprar um
celular. A foto de Arthur Ferreira dos Santos sentado ao lado de seus
'produtos' foi compartilhada por diversas pessoas nas redes sociais. A mãe,
Marcella Ferreira da Silva, de 24 anos, contou ao G1 que não estava sabendo do
'plano' do filho. Ao encontrá-lo triste, ela comprou todos os aviões e o levou
para casa.
De acordo com Marcella, há alguns meses, o celular do garoto caiu na maré e acabou oxidando. Por essa razão, o pequeno Arthur decidiu vender aviões de papel para comprar um aparelho novo, e saiu de casa sem que a mãe percebesse. “Ele inventou de fazer os aviõezinhos, mas eu não sabia para o que era, não estava entendendo. Ele só ficou o dia todo falando que ia fazer avião de papel”, conta.
No dia seguinte, no período da tarde, a mãe procurou Arthur
em casa e não o encontrou. Ao perceber que ele poderia ter saído, pensou em ir
até uma praça, onde o filho costuma brincar. “Quando eu cheguei, ele estava lá,
sentado em um banco com os aviões de papel e triste, falando que estava
vendendo os aviões, que o pequeno era R$ 0,10, o médio era R$ 0,25 e o grande
custava R$ 1”, lembra a jovem.
Marcella conta que o menino planejou a venda para que ela
não soubesse. “Eu nem sonhava, se soubesse que ele tinha ido para a rua vender
esses aviões, teria mandado ele voltar. Ele deve ter pensado que, se me
avisasse, eu não ia deixar, porque eu não deixo ele sair sozinho”, explica.
Repercussão
A publicação com a foto do Arthur relatando o episódio nas
redes sociais comoveu internautas, que começaram a procurar por Marcella para
ajudar o garoto. “Agora, as pessoas estão me enviando quantias em dinheiro para
ajudar ele a comprar esse celular. Eu não sabia que esses aviões iam voar tão
longe, e foi longe demais. Ele fala que está famoso, todo feliz”, comenta.
Contudo, mesmo com a repercussão positiva, a mãe do menino
diz que ficou assustada na hora. “Muitas vezes criticam, acham que é coisa da
mãe, podem achar que eu mandei ele ir vender, mas jamais. Eu prefiro sair na
rua para vender brigadeiro e bala no semáforo, do que mandar meu filho vender
alguma coisa, porque não acho justo uma criança na rua vendendo coisas. Foi
ideia dele, ele achou que tinha encontrado um jeito de ganhar dinheiro”,
finaliza.