Colegas de classe raspam cabelo em apoio a adolescente do Paraná que começou tratamento contra câncer.
Nicolas Berland, de 17 anos, recebeu diagnóstico de tumor
na região do tórax há pouco tempo. Atitude dos amigos veio após ele iniciar a
quimioterapia e cabelo começar a cair.
Onde eles normalmente vão para aprender, um grupo de alunos
deu aula.
Dezenas de estudantes do terceiro ano do ensino médio de uma
escola particular de São José dosPinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC),
deixaram a solidariedade falar mais alto e rasparam o cabelo em apoio a Nicolas
dos Santos Berland, de 17 anos, que descobriu um câncer há pouco tempo.
A mãe, Keila dos Santos Berland, disse que o médico
identificou em Nicolas um câncer de mediastino, doença que acomete a região do
tórax. No caso do jovem, o tumor tem cerca de 15 centímetros e a quimioterapia
foi recomendada.
Nicolas soube da doença em meio à rotina de estudante de
pré-vestibular, e também de praticante de esportes. O jovem fez a primeira
quimioterapia no dia 11 de maio, e pouco tempo após, ele viu o cabelo começar a
cair.
“O primeiro fio de cabelo meu caiu aqui na escola. Na hora
que eu vi, eu fiquei nervoso, na minha cabeça não tinha caído a minha ficha
ainda [para a doença]".
Em apoio ao estudante, colegas da mesma turma de Nicolas, e
até um professor, rasparam o cabelo em sinal de apoio ao jovem. Um vídeo
publicado nas redes sociais, mostrando a atitude da turma, viralizou e atingiu
mais de um milhão de visualizações.
“Muita gente compartilhando, comentando coisas maravilhosas.
Mandando mensagens pro Nicolas, mandando apoio, falando que ele realmente não
está sozinho”, lembrou Isabelly Cristina Fernandes, que publicou o vídeo.
O professor Lucas Gabriel Betzel Serain também aderiu à rede
solidária.
“Decidimos nos mobilizar, decidimos caminhar juntos, e ser a
força pro Nicolas neste momento. Conversamos por bastante tempo com a turma e
eles falaram ‘pastor, nós vamos ser a força que ele precisa pra enfrentar este
momento’. Foi um momento difícil, de emoção, mas um momento em que nós nos
unimos mais”.
Para o Nicolas, a atitude do grupo fez com que ele os visse
mais que como amigos, mas como uma família.
“Foi se fosse o meu chão. Eles apareceram como o meu chão de
novo, me firmei de novo [...] é como se eu tivesse me afogando no rio e eles
chegassem do nada, e jogassem a boia pra eu subir e eles me puxarem de novo
[...] Se duvidar, essa era a minha cura”.