Hortolândia participa de projeto de monitoramento de escorpiões em parceria com a Sucen

Ação, iniciada em março deste ano no Jd. Amanda, deve durar dois anos; objetivo é orientar população sobre a prevenção de acidentes com escorpião e monitorar presença do artrópode na região

A presença de escorpiões em áreas urbanas é um problema que tem afetado muitos municípios do Brasil, entre os quais Hortolândia. Em razão disso, a cidade participa, junto com outros municípios paulistas, de um projeto da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), órgão do governo estadual. O projeto realiza monitoramento e controle de escorpiões em uma área delimitada do Jardim Amanda. A ação é realizada em parceria com a Prefeitura. 

A médica veterinária da UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses), órgão da Secretaria de Saúde, Tosca de Lucca Benini Tomass, explica que Hortolândia foi escolhida para participar do projeto por já ter um trabalho estruturado de controle e orientação sobre escorpiões e por registrar um número expressivo de acidentes com os artrópodes. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, órgão também da Secretaria de Saúde, o município registra neste ano, até o momento, 64 notificações de acidentes com escorpião. Já em 2021, foram 143 notificações de acidentes.

A primeira etapa do projeto começou em março deste ano. Nessa primeira etapa, A UVZ e uma equipe de agentes comunitários de saúde da UBS (Unidade Básica de Saúde) Amanda I visitaram 723 imóveis, dos quais 293 foram efetivamente trabalhados. 

Nas visitas, os agentes vistoriaram áreas externas e internas das casas para avaliar potenciais acessos de entrada de escorpiões e abrigos onde eles possam se esconder. Os agentes também deram orientações aos moradores sobre medidas que devem ser adotadas para evitar a presença dos animais nas residências.

De acordo com a médica veterinária Tosca Tomass, os agentes verificaram nas áreas internas se havia frestas em portas e janelas, ralos sem tampa ou tela, pontos de energia e paredes sem reboco. Já nas áreas externas também foram verificados se havia ralos sem tampa ou tela, caixa de gordura, entulhos, acúmulo de madeira, de materiais inservíveis, de folhas e restos de poda de plantas em quintais com jardim ou vegetação. 

“Nessa primeira fase, o balanço do trabalho foi positivo, tivemos uma boa receptividade e colaboração dos moradores. Cerca de 12% deles relataram a presença de escorpiões em suas casas”, destaca a médica veterinária.

Segunda fase

A segunda fase do projeto foi iniciada neste mês. Os agentes retornaram aos imóveis visitados para verificar se os moradores adotaram as medidas de controle orientadas na primeira fase e vistoriar os imóveis que não foram trabalhados. O projeto deve durar dois anos.

A Prefeitura de Hortolândia ainda reforça que outra medida importante que a população deve adotar para evitar a presença de escorpiões em suas casas ou na região onde mora é fazer o descarte correto de resíduos nos PEVs (Pontos de Entrega Voluntária de entulho e outros materiais recicláveis). Atualmente, o município conta com 12 PEVs.

Armadilhas

Em paralelo a esse projeto, a Prefeitura de Hortolândia já realiza, desde 2019, o monitoramento da presença de escorpiões em outras regiões da cidade. A ação é realizada por meio da colocação de armadilhas nas redes subterrâneas de águas pluviais e de esgoto. 

As armadilhas consistem de placas de espuma ondulada instaladas pelo órgão em redes de águas pluviais e de esgoto. Os escorpiões se escondem nesses locais durante o dia. A UVZ constatou a suspeita que os escorpiões mudaram de hábitos nas áreas urbanas. De acordo com o órgão, atualmente há armadilhas colocadas nas regiões do Jardim Amanda onde é realizado o projeto, e em outras regiões da cidade onde foi constadada por moradores a presença de escorpiões.

Acidente ou picada

Caso a população encontre escorpião em casa ou na região onde mora, deve entrar em contato imediatamente com a UVZ pelo telefone (19) 3897-3312, ou pelo e-mail uvz@hortolandia.sp.gov.br. Os agentes do órgão irão até o local para recolher o animal e vistoriar a área. 

Já em caso de acidente ou picada de escorpião, a Secretaria de Saúde orienta para que a vítima seja levada imediatamente para alguma das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) do município ou o Hospital Municipal.

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